Millenials procuram flexibilidadeAs indústrias do papel, embalagem e artes gráficas não passam ao largo desta realidade. Um novo estudo, “Millennials @ Work: expetativas sobre as empresas e lideranças em Portugal”, revela que a flexibilidade, o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, o desafogo financeiro, a constituição de família e a possibilidade de viajar são as prioridades dos Millenials. O sucesso e o empreendedorismo não estão no topo das suas preocupações.
 
O estudo foi desenvolvido em parceria por BCSD, Deloitte Portugal e Sonae, e procurou conhecer a visão e as expetativas dos millennials (jovens nascidos entre 1983 e 2000, que têm atualmente entre 17 e 34 anos e que representam 32% da população empregada em Portugal), relativamente às organizações, e analisar os desafios da atração e retenção destes jovens nas empresas. Participaram nesta pesquisa perto de 2.000 millennials (55% do género feminino e 45% do género masculino), licenciados, empregados há mais de seis meses e a trabalhar em Portugal.
 
Os millennials ambicionam novas oportunidades e novas experiências profissionais, sendo que 50% dos inquiridos espera sair da organização onde trabalha nos próximos cinco anos e apenas 29% pensa ficar mais do que cinco anos na atual organização. Na base da satisfação e motivação para se manterem numa organização estão as oportunidades de aprendizagem e de aplicação de competências, a variedade de experiências e o reconhecimento.
 
No momento em que selecionam as organizações onde querem trabalhar, os millennials tendem a preferir aquelas que proporcionam equilíbrio entre vida pessoal e profissional, o que significa ter mais tempo de lazer. Mas este equilíbrio é também visto como uma forma de reconhecimento, respeito e flexibilidade do trabalho. Mais de 50% considera esta flexibilidade determinante para o work life balance, sendo o trabalho à distância (59%), a flexibilidade de horários (56%) e a utilização de dispositivos móveis (45%) encaradas como alavancas à produtividade.
 
As organizações não podem ficar indiferentes à vontade dos millennials de desejarem ter múltiplas experiências e desafios, sob o risco de verem os seus talentos partir. A mobilidade e a rotatividade são uma realidade com a qual as organizações têm de viver e que devem abraçar, repensando a forma como percecionam as carreiras para uma lógica de maior abrangência e pluralidade, nomeadamente através de uma gestão e acompanhamento mais próximo de alumni e até através da criação de ofertas de emprego conjuntas com outras organizações” Sérgio do Monte Lee, partner da Deloitte Portugal.