10 hot consumer trendsO Ericsson ConsumerLab apresentou o seu relatório anual The 10 Hot Consumer Trends for 2018 and beyond. São reveladas tendências como uma nova forma de interagir com a tecnologia e a disseminação da utilização da inteligência artificial. Diz o relatório que vamos interagir com a tecnologia digital de acordo com os princípios humanos.


A linguagem corporal, a expressão facial e a inflexão serão responsáveis por tornar a voz e o toque como modos de controlo de interação dos consumidores com os dispositivos tecnológicos, facilitando a adoção numa época de elevado ritmo de mudanças tecnológicas.


Michael Björn, Diretor de Research na Ericsson ConsumerLab refere: "Estamos a dar os primeiros passos num futuro onde os dispositivos não têm botões e interruptores e que não precisam de ser controlados digitalmente através do smartphone. De facto, esta alteração é necessária, já que seria muito complicado obrigar as pessoas a aprenderem uma nova interface de utilização por cada dispositivo que se liga à Internet das Coisas”.


“Temos todos que saber hoje os mais pequenos detalhes dos dispositivos que utilizamos. Mas no futuro, serão os equipamentos a conhecer-nos a nós. Para que este cenário se torne numa realidade, eles têm de conseguir retransmitir complexos dados referentes às relações entre humanos para processamento na cloud, e responder de forma intuitiva em apenas milissegundos, aumentando os requisitos sobre a conectividade de próxima geração”.

 

As 10 tendências

 

  • O corpo é a interface de utilização: mais de metade dos atuais utilizadores de assistentes de voz inteligentes acredita que vai recorrer a linguagem corporal, expressões, inflexões e toques para interagir com os dispositivos como se estes se tratassem de seres humanos. Cerca de 2 em cada 3 pessoas acreditam que esta realidade se irá impor em dois a três anos.

  • Áudição Aumentada: 63% dos consumidores gostariam que os auscultadores traduzissem o conteúdo em línguas estrangeiras em tempo real. 52% querem bloquear o som do ressonar de um membro da família.

  • Eternos “newbies”: 30% dizem que a tecnologia dificulta a constante atualização de competências. Mas assumem que essa tecnologia também nos torna especialistas instantaneamente. 46% referem que a Internet lhes permite aprender e esquecer novas competências mais depressa que nunca.

  • Emissões sociais: o social media está a ser ultrapassado pelos players tradicionais. Mas metade dos consumidores indica que a IA seria útil para verificar a veracidade de factos publicados nas redes sociais.

  • Anúncios inteligentes: os anúncios poderão tornar-se demasiado inteligentes para o seu próprio bem. Mais de metade dos utilizadores de Realidade Aumentada/Realidade Virtual pensa que os anúncios se irão tornar tão realistas que irão eventualmente tomar o lugar dos próprios produtos.

  • Comunicação sem limites: 50% dos inquiridos pensa que a incapacidade de diferenciar humanos de máquinas é algo que os assustaria. 40% revelam- se assustados com o facto de poder ter um smartphone que reage ao seu estado de espírito.

  • Sociedade de lazer: 32% dos estudantes e dos trabalhadores consideram que não precisam de um emprego para beneficiarem de uma vida com sentido. 40% referem que gostariam de ter um robô que trabalhasse e recebesse um salário por eles, garantindo mais tempo para lazer.

  • A sua foto é uma divisão: imagine conseguir entrar para dentro de uma fotografia para relembrar uma memória. 3 em cada 4 pessoas acreditam que em apenas 5 anos irão utilizar a realidade virtual para “entrarem” nas fotos do seu smartphone.

  • Cidades no céu: as ruas das cidades estão cada vez mais concorridas, mas os céus permanecem livres. 39% consideram que as suas cidades precisam de uma rede viária para drones e veículos aéreos. Mas também se preocupam com a possibilidade de um drone poder cair em cima da sua cabeça.

  • Futuro carregado: o mundo conectado requer uma maior autonomia nos dispositivos móveis. Mais de 80% acreditam que em apenas 5 anos vamos poder contar com baterias de longa duração que vão acabar com as preocupações de autonomia.

 

As conclusões do relatório 10 Hot Consumer Trends for 2018 baseiam-se nas iniciativas globais de investigação da Ericsson ConsumerLab há mais de 22 anos, e têm como base dados de um inquérito online de outubro de 2017 junto de utilizadores de internet com conhecimentos avançados em 10 das mais influentes cidades do mundo. Muito embora o estudo represente apenas 30 milhões de cidadãos, o seu perfil de early adopters faz com que sejam mais relevantes na análise do que podem ser as tendências do futuro.
 
A Ericsson é fornecedora de tecnologia e serviços de comunicações com sede em Estocolmo, na Suécia. A empresa é formada por mais de 111.000 especialistas que fornecem soluções e serviços a clientes em 180 países desde 1876.