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O Grupo Europac registou, em 2017, um resultado líquido de 78 milhões de euros, numa subida de 59,4% face a 2016. As vendas agregadas aumentaram 10,9% para os 1.186 milhões de euros e as vendas consolidadas situaram-se nos 868 milhões, um crescimento de 8,4% em relação ao ano anterior. 
 
O EBITDA consolidado foi de 158 milhões de euros, 25,0% superior aos 127 milhões de euros de 2016 e o EBITDA recorrente atingiu os 147 milhões de euros, mais 19,3% que no período homólogo. A diferença entre os EBITDA consolidado e recorrente deve-se fundamentalmente aos efeitos extraordinários derivados às vendas da fábrica de embalagem de Tânger e do operador logístico do porto de Viana do Castelo e à liquidação das garantias vinculadas à aquisição das fábricas de papel e embalagem de Rouen (França) em 2008. Neste contexto, a margem de EBITDA aumentou 2,4 pontos percentuais para 18,2% e o EBIT consolidado foi de 106 milhões de euros, um avanço de 37,1% em relação a 2016.
 
“Os resultados de 2017 são os melhores pelo terceiro ano consecutivo, ainda que não representem o nosso melhor resultado possível”, sublinha José Miguel Isidro, presidente do Grupo Europa, “a manutenção da procura de papel com subidas adicionais em janeiro de 2018 e a tendência de baixa do preço da sua matéria-prima, que acumula quedas de 45 euros por tonelada desde o princípio do ano, juntamente com a necessária recuperação das margens do negócio de embalagem, permitem acreditar que os resultados da companhia têm potencial para continuar a melhorar”. 
 
O presidente do grupo salienta que “o ano evoluiu de menos para mais e caracterizou-se pelo fortalecimento da procura final e as subidas reiteradas dos preços de venda de papel, que unidas à gestão de otimização de custos e ao aumento da produtividade permitiram-nos cumprir os objetivos estratégicos 2015-2018 com um ano de antecipação, confirmando o bom trabalho realizado nos últimos exercícios, que tiveram um efeito multiplicador com as boas condições de mercado vividas em 2017”.  
 

Divisões de Papel e Packaging

 
Na Divisão Papel, os investimentos no aumento da capacidade de produção e eficiência das máquinas permitiram otimizar o impacto das subidas dos preços de venda, provocadas pela solidez da procura e pelo crescimento das expedições num contexto de níveis mínimos de stocks. O preço médio de venda dos papéis kraftliner e reciclado na Europa subiu 74 e 45 euros por tonelada, respetivamente.
 
O preço da matéria-prima registou uma tendência de baixa desde o mês de agosto devido ao aumento da disponibilidade após as restrições às importações na China, o que implica uma mudança estrutural no mercado europeu de papel recuperado. Não obstante, o preço do papel recuperado em 2017 foi superior ao do ano anterior em 16 euros por tonelada.
 
A Divisão Packaging registou um crescimento do volume em todos os mercados e aumentou as vendas em 5%. As citadas subidas do preço de venda do papel, a sua matéria-prima, representaram um aumento no custo de produção. O negócio da embalagem é uma linha de atividade que tarda mais em repercutir no mercado as subidas da sua matéria-prima, mas irá recuperando as suas margens progressivamente durante 2018.