Steve Verze, um engenheiro britânico com 40 anos, foi o primeiro humano a receber uma prótese ocular inteiramente impressa em 3D.

O avanço na medicina é da responsabilidade do Moorfields Eye Hospital, em Londres, e a grande vantagem é que além de ser mais realístico, o olho impresso diminui o tempo do processo de vários meses para cerca de duas a três semanas.

Steve Verze protese ocular

Quando uma pessoa precisa de uma prótese ocular, seja porque o olho não se desenvolveu normalmente desde o nascimento ou por causa de algum acidente, a órbita ocular tem de ser moldada, porque cada órbita ocular é única. Com a impressão 3D, a moldagem invasiva já não é necessária. Em vez disso, um dispositivo digitaliza e mapeia a estrutura da órbita e o modelo 3D digital é então enviado para um laboratório na Alemanha, onde são necessárias 2,5 horas para imprimir o olho que depois será terminado, polido e colocado.

Steve é o primeiro receptor de uma prótese ocular impressa em 3D entre humanos, contudo, já dois beagles, na Coreia do Sul, receberam olhos artificiais personalizados, na Universidade Nacional de Chungbuk.

O novo olho tem uma definição mais clara e a pupila tem profundidade, fazendo com que a prótese pareça mais 'real' quando é atingida pela luz. As próteses oculares tradicionais têm a íris pintada à mão num disco embutido no olho, o que impede que a luz passe profundamente através do olho. No entanto, o olho impresso não é biónico, já que não há implantação de partes eletromecânicas.

Há alguns anos, o mundo conheceu o primeiro olho biónico, uma prótese da retina chamada Argus II, destinada a pessoas com visão deficiente. Permite que as pessoas cegas pela retinite pigmentosa vejam formas, movimentos e espera-se que, no futuro, a cor. Combinar tecnologia de visão biónica com o novo método para olhos impressos em 3D poderá ser o futuro.