Estão já disponíveis, para compra online e nas livrarias, os novos Retratos da Fundação Francisco Manuel dos Santos. Da coleção fazem parte o “Homens sem coração” de Guilherme Piló, “Ilhas da Ria” de Maria José Santana e “Em que posso ser útil?” de Pedro Vieira.

Retratos FFMS

“Homens sem coração” é um retrato autobiográfico da pesca do bacalhau à linha, em pequenos barcos dóris, nas águas tempestuosas dos Grandes Bancos da Terra Nova e da Gronelândia. Seguindo a tradição dos antepassados pescadores da Nazaré, Guilherme Piló Sales foi a primeira vez ao bacalhau com 17 anos, em 1960. Seguiram-se sete campanhas como pescador à linha nos pequenos barcos dóri, nas águas tempestuosas dos Grandes Bancos da Terra Nova e da Gronelândia, na Faina Maior, a Epopeia do Bacalhau.

“Ilhas da Ria” faz a descoberta dos tempos das ilhas da ria de Aveiro, deixadas ao abandono e ao esquecimento. É um relato feito a partir das memórias daqueles que protagonizaram o tempo em que as ilhas eram estâncias de veraneio ou campos de trabalho árduo. Situadas na parte central da laguna, as ilhas da Ria de Aveiro já foram terra que deu de tudo (milho, feijão, batatas, melancias, vinho e até sal) e algumas delas até chegaram a ser habitadas. Com existência registada desde 1407, as ilhas aveirenses são pequenos pedaços de terra hoje votados ao abandono.

Maria José Santana é jornalista. Começou pelas rádios e jornais locais, colaborando, desde 2005, com o «Público». Em 2014, inspirada pela ligação do seu município (Ílhavo) à pesca do bacalhau, lançou o seu primeiro livro, «Até que o mar nos separe».

“Em que posso ser útil?” fala sobre a população empregada no país, com o ensino básico completo, no sector dos serviços. É uma janela aberta para as vidas vividas atrás de um balcão ou de um guichê, num universo de quem tem empregos no comércio e nos serviços, com alta rotação e baixas qualificações, em ambientes despersonalizados e virados para a faturação intensiva.

Pedro Vieira nasceu em Lisboa, em 1975. Licenciado pela Escola Superior de Comunicação Social, trabalhou no Canal «Q» das Produções Fictícias e é, atualmente, guionista e pivô do programa «O Último Apaga a Luz» da RTP3. É responsável pela Comunicação do Cinema São Jorge e foi consultor de Comunicação na Booktailors. Trabalha também como ilustrador freelancer.