Job Sharing implica que duas pessoas partilhem o mesmo posto de trabalho dentro de uma empresa, partilhando o horário, as funções, as responsabilidades e o horário. A tendência está a revolucionar o mercado europeu. Será o futuro?

A Seresco, empresa especialista em processamento salarial, e membro da Payroll Services Alliance (PSA), refere quais as mais-valias, para empresas e colaboradores, e os cuidados a ter na adopção deste novo modelo.

Com a entrada dos millennials no mercado de trabalho, tem havido alterações na procura de maior flexibilidade. Surgiu então o job sharing (partilha de trabalho). Um trabalho partilhado vai estar sincronizado com as exigências da empresa, da própria função e com as características individuais dos funcionários envolvidos.

Quais os benefícios para a empresa?

 Existem vários benefícios da partilha de um posto de trabalho. Trata-se de uma forma prática para atrair e reter recursos humanos com experiência, que não está interessados em ter um trabalho a tempo inteiro, devido a outros compromissos pessoais.

O modelo de trabalho oferece uma maior estabilidade e retenção de pessoal, em casos em que o cargo é tão exigente que acaba sempre com uma alta taxa de rotação.

O Job Sharing permite também ampliar o "capital intelectual", pois há dois funcionários em vez de um, conseguindo tirar partido de um duplo conhecimento, que pode ser essencial no desempenho do cargo.

O modelo oferece também um suporte adicional em épocas do ano em que são necessárias contribuições regulares adicionais em projetos especiais. Garante também uma menor taxa de absentismo, dado que os funcionários conseguem cumprir com as suas responsabilidades pessoais fora do horário de trabalho.

A empresa também consegue manter um horário comercial alargado, permitindo que o seu negócio funcione seis ou sete dias por semana sem sobrecarregar um funcionário. O cargo partilhado pode cobrir dias adicionais sem ter de entrar com custos de horas extraordinárias. 

As vantagens para o funcionário

O tempo é a maior vantagem.  O colaborador consegue um maior sentido de equilíbrio na sua vida enquanto continua ativo no seu trabalho. Oferece uma maior preservação profissional, e a partilha do cargo também permite a partilha do conhecimento, dando a ambos os colaboradores uma oportunidade para aprender e melhorar a sua base de capacidades.

Como deve ser implementado

Deve ser definido o horário de trabalho de cada um dos funcionários, e o horário completo para o cargo partilhado.

Os funcionários devem trabalhar a part-time pelo que deve existir algum sistema para o controlo de horário de ambos, o que já é exigido por lei.

A empresa deve definir os objetivos e as funções a serem executados por cada funcionário. A comunicação entre eles e, por sua vez, com a empresa, é essencial para que as informações não sejam perdidas e a partilha de tarefas seja um sucesso.

As empresas não devem também negligenciar as avaliações periódicas para saber o status dos funcionários, saber se as tarefas estão a ser bem partilhadas e se há necessidade de mudança que, caso exista, deve ser detetada o mais rápido possível.

A Seresco é um fornecedor global de soluções no âmbito das Tecnologias da Informação, que conta com 50 anos de experiência, tanto em consultadoria como em desenvolvimento e integração de soluções, outsourcing tecnológico e gestão de infraestruturas. Presente na Península Ibérica, com centro de serviços próprios em Madrid, Barcelona, Astúrias, Galiza e Lisboa, tem sucursais no Equador e na Costa Rica e uma carteira de clientes composta por organizações de todos os setores, tais como diversos organismos e administrações públicas.