O Connected Commerce Council divulgou um estudo europeu financiado pela Google que analisou o impacto da Covid19 nas PME. O estudo revela que quase todas (80%) as pequenas empresas europeias aumentaram o uso de ferramentas digitais durante a pandemia. Portugal registou 90%.

“As PMEs que utilizam ferramentas digitais como parte integrante das suas operações (cerca de 42% de todas as PMEs) reduziram os piores efeitos da pandemia e em alguns casos ficaram mais ágeis e mais fortes. Empresas e empregos foram salvos. E apesar de outras PMEs não terem tirado proveito de ferramentas digitais no início da pandemia, 80% aceleraram o uso de ferramentas digitais no ano passado”, refere o estudo.

A pesquisa identificou três categorias de PMEs, com base em como caracterizaram a importância pré-pandémica das ferramentas digitais para as suas operações comerciais e no seu uso real das ferramentas digitais no início da pandemia. As PMEs Avançadas dão grande importância às ferramentas digitais e utilizam muitas delas, enquanto as PMEs Indecisas não o fazem. Um terceiro grupo, as PMEs em Evolução, encontra-se em várias fases de transformação entre os outros dois.

As PMEs portuguesas registaram um ligeiro atraso no avanço digital ao entrarem na pandemia e têm preocupações acima da média sobre questões associadas às ferramentas digitais. Aliás, apenas 58% de todas as PMEs portuguesas se sentiram à vontade para utilizar ferramentas digitais nos seus negócios, -3% em comparação com a média europeia.

À medida que avançou a pandemia, as PMEs apresentaram perdas de receitas, e embora as PMEs Avançadas de Portugal tivessem -23% de receitas tiveram um desempenho significativamente superior (1,4X) às suas congéneres Indecisas (-33%). Por fim, 90% das PMEs portuguesas aumentaram o uso de ferramentas digitais durante a pandemia, 10% acima da média, o que demonstra um impulso positivo.

O estudo conclui que as empresas que usaram ferramentas digitais para mudar rapidamente a forma como encontravam clientes, vendiam produtos e trabalhavam, reportaram vendas melhores durante o COVID-19 do que aquelas que não o fizeram e contrataram mais pessoas. E, que sem estas ferramentas, muitas das empresas teriam falido.