A cientista portuguesa Elvira Fortunato, responsável pelo desenvolvimento da eletrónica em papel, é uma das nomeadas para o Prémio Nobel da Física 2020.

É um nome incontornável quando se fala do futuro mais sustentável. Com diversas aplicações, a eletrónica transparente é um tema dominante numa altura em que surge o Pacto Verde Europeu, a anunciar uma aposta irreversível em tecnologias disruptivas benéficas para o ambiente, que sejam alternativas viáveis ao que já existe atualmente.

Elvira FortunatoElvira Fortunato

 

A integração da eletrónica de papel para criar embalagens inteligentes para reforçar a segurança alimentar ou farmacêutica e a utilização de nanomarcadores ou biomarcadores, em aplicações de segurança em áreas como a medicina, são apenas alguns dos muitos exemplos da utilização da tecnologia.

Elvira Fortunato é atualmente vice-reitora da Universidade NOVA de Lisboa, professora catedrática no Departamento de Ciências dos Materiais da Faculdade de Ciências e Tecnologia e diretora do Centro de Investigação de Materiais – Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação (CENIMAT|i3N). Em 2017 recebeu o Prémio Prestígio da Apigraf e poderá ser, em breve, a próxima a figurar na lista de nomes de portugueses laureados com o Nobel, juntando-se a José Saramago (1988) e a António Egas Moniz (1949).