A Heidelberg implementou um novo modelo de operações, no início de junho, e planeia a redução de 1600 postos de trabalho, a nível mundial.

As decisões deverão levar a uma melhoria na rentabilidade em 100 milhões de euros. A Heidelberg também acredita que o programa vai reforçar a sua posição no ambiente difícil causado pela pandemia Covid-19.

Heidelberg sede

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2019 foi o ano de clareza e consequências para nós. Mesmo antes da crise Covid-19, lançámos o programa de reestruturação mais abrangente da nossa história recente, para fortalecer o núcleo rentável de Heidelberg. Agora estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para estabilizar ainda mais a nossa base financeira e tornarmo-nos rentáveis a médio prazo. Estamos a avançar com a implementação deste programa para fazer da Heidelberg uma empresa melhor. Já atingimos marcos importantes. Particularmente em tempos de crise, isso também nos ajuda a ser um parceiro forte para os nossos clientes e a apoiá-los ativamente", disse Rainer Hundsdörfer, CEO da Heidelberg.

A estratégia da Heidelberg centra-se no aumento da rentabilidade e, consequentemente, nos segmentos de mercado que são rentáveis. As encomendas recebidas na região Ásia/Pacífico, no total, ascenderam a 683 milhões de euros, apesar das insuficiências relacionadas com o Covid-19 no quarto trimestre (ano anterior: 658 milhões de euros).

O impacto da pandemia no ano fiscal

A pandemia Covid-19 teve um grande impacto nos números e resultados no exercício de 2019/2020. As vendas líquidas no exercício de 2019/2020 (1 de abril de 2019 a 31 de março de 2020) registaram uma diminuição de cerca de 6% face ao ano anterior, cerca de 2 349 mil milhões de euros (ano anterior: 2,49 mil milhões de euros).

O défice no último trimestre relacionou-se, nomeadamente, com os principais mercados norte-americano e chinês, onde a Heidelberg registou um forte crescimento das vendas nos primeiros nove meses do exercício anterior.

Em todos os mercados, as encomendas em curso estavam em pé de igualdade com o ano anterior nos primeiros nove meses e apresentaram uma diminuição acentuada no último trimestre do exercício. As encomendas recebidas para o exercício completo desceram para 2 362 mil milhões de euros (ano anterior: 2.559 mil milhões de euros). O EBITDA excluindo o resultado da reestruturação atingiu 102 milhões de euros, contra 180 milhões no ano anterior. A diminuição diz principalmente respeito ao volume, ao mix de produtos e aos efeitos pontuais.