As empresas associadas da Celpa, Altri e The Navigator Company, eram, em 2019, responsáveis pela gestão de 190,3 mil hectares, correspondentes a 2,1% do território nacional. Do total de território gerido, 162,4 mil estão ocupados com floresta, representando 5% do total nacional. 

De acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a maioria da área florestal nacional, cerca de 86%, está na posse de proprietários individuais, a restante está repartida entre o Estado, com 3%, pelas comunidades locais – baldios – em 6% e pelas empresas associadas da Celpa, 5%. 

Floresta

 

“A tipologia da propriedade da floresta de produção prevalecente em Portugal é uma das principais barreiras à sua gestão e à adoção das melhores práticas, com um claro reflexo na sua sustentabilidade ambiental, social e económica”, afirma Luís Veiga Martins, Secretário Geral da Celpa. 

“Portugal deverá criar incentivos para que se proceda ao emparcelamento da floresta, nomeadamente através da revitalização das associações de produtores, de forma a criar a escala necessária que permita uma melhor gestão e a própria certificação da floresta, garantindo uma melhor resposta aos riscos que a mesma apresenta, entre os quais os fogos rurais, promovendo a prevenção e controlo de incêndios, que anualmente dizima vastas áreas”, acrescenta aquele responsável. 

Em Portugal, a indústria papeleira é responsável pela gestão de 17% da área de eucaliptal, 1% do montado de sobro, 0,6% de espécies diversas e 0,5% do pinhal-bravo.  

No final de 2019, a gestão do património florestal das empresas associadas da Celpa encontrava-se integralmente certificada pelo FSC e pelo PEFC. Os esforços de plantação desenvolvidos pelas empresas foram, neste ano, de 5,6 mil hectares, tratando-se na maioria de reflorestações com eucalipto em áreas já anteriormente ocupadas por esta espécie. Em 2019, as empresas foram ainda responsáveis pela plantação de 61 hectares com outras espécies entre as quais o sobreiro.