“Porque a melhor receita passa sempre por um livro; Um Livro, pela sua Saúde!”. Assim termina a Carta Aberta que a Livraria Lello, do Porto, endereçou a diversos deputados da Assembleia da República, na altura em que define o Orçamento do Estado para 2022.

Livro

A Livraria Lello, numa carta assinada por Aurora Pedro Pinto, parte da Administração da empresa, apela a que o livro possa ser objeto de prescrição médica e que seja considerado uma despesa de saúde em sede de IRS.

A justificar o apelo, a Lello dá como exemplo uma iniciativa em Bruxelas: “a Cidade está a ultimar a implementação de uma medida que vai permitir aos médicos receitarem visitas guiadas a museus. A medida tem o duplo mérito de considerar a arte como parte importante do processo de cura de doenças mentais, e de ajudar a revitalizar os museus, que a pandemia da Covid-19 afetou, igualmente, em grande medida”.

Na carta lê-se ainda: “Também em Portugal toda a área cultural foi fortemente afetada. As Livrarias, em particular, foram um dos sectores mais dizimados. Porque os Livros são um alicerce insubstituível de sanidade mental, a Livraria Lello, enquanto casa do Livro, dos Autores e dos Leitores, apela publicamente aos nossos políticos e à Assembleia da República que se inspirem em Bruxelas e que permitam que os médicos portugueses receitem, sempre que o entendam útil à saúde mental dos seus pacientes, o singelo Livro. Não um Livro com autor e título, mas “um” Livro que possa ser livremente escolhido pelo paciente que é leitor e aconselhado pelo verdadeiro farmacêutico que é o Livreiro nessa farmácia que também são as Livrarias”.

A carta foi destinada a 11 deputados com assento parlamentar, dos diversos partidos políticos.