Um estudo recente revela que a transformação digital a que foram sujeitas todas as indústrias, incluindo o jornalismo e o setor dos media, durante a pandemia da COVID-19, foi um duro golpe para as publicações impressas.

O estudo conduzido pelo Young Professionals Group do The Worldcom Public Relations Group revela que quase três quartos (73.3%) dos entrevistados acreditam que o jornalismo impresso nunca mais será o mesmo.

Publicacoes Impressas

Apesar da transição do formato físico para o digital estar já a ser feita há muito, o ritmo foi certamente acelerado pela pandemia, e agora mais de 83% dos jornalistas perspetivam o meio online, as redes sociais, os podcasts e o conteúdo em vídeo como o caminho a seguir. Além disso, quase metade dos jornalistas na Europa (48.9%) sente estar em perigo de perder o emprego, com 16% a afirmar estar em elevado risco de esta ser uma realidade.

 Em resposta à rápida mudança do setor, muitos dos profissionais procuram adquirir novas qualificações, com o objetivo de ampliar os seus conhecimentos e encontrar novas formas de chegar às suas audiências. Aproximadamente 43% dos inquiridos dizem estar num processo de requalificação com a esperança de encontrar um outro emprego ou experimentar trabalhar como freelancers.  

Olhando para lá da situação pandémica, cerca de três quartos dos jornalistas inquiridos (75.6%) acreditam que o mundo pós-COVID não retornará às formas de trabalho tradicionais. As mudanças na vida quotidiana impostas pela pandemia (o trabalho remoto, por exemplo) manter-se-ão, confirmando a ideia de “novo normal”. 

Menos de um terço (32%) dos jornalistas inquiridos acreditam que a sua audiência manteve desde o início um forte interesse em notícias relativas à situação pandémica. Embora se tenha registado um aumento do interesse em fevereiro e março, com a emergência e rápida disseminação do vírus, nos meses subsequentes, o interesse pareceu diminuir. 22% dos questionados afirmou que a sua posição perante a pandemia varia consoante o número de casos de um país em específico e as restrições impostas.  

O estudo, que terminou a 31 de outubro, contou com a participação de 454 jornalistas de vários setores, oriundos dos seguintes países: Bélgica, Bulgária, República Checa, França, Alemanha, Húngria, Irelanda, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Eslováquia, África do Sul, Espanha e Reino Unido. África do Sul foi o único país não-europeu a ser considerado. O ponto central do questionário foi o impacto que a pandemia da COVID-19 teve na sua profissão e no futuro do jornalismo.  

 O Young Professionals Group é um grupo de jovens profissionais de Relações Públicas e Comunicação, integrado no The Worldcom Public Relations Group, do qual fazem parte agências de comunicação de toda a região EMEA. Em Portugal, a Worldcom é representada pela agência de comunicação e marketing Do It On.  O Worldcom Public Relations Group é uma rede internacional de 132 agências de comunicação independentes, espalhadas por 49 países e 6 continentes.