O que pensam os anunciantes do Marketing com Influenciadores? A Social Publi quis saber e apresentou um estudo realizado com a colaboração de anunciantes e grandes agências de publicidade e marketing, em 16 países.
Os resultados foram divulgados durante um evento online, que contou com a participação de Pedro Bessa, Head of Marketing & Growth na moey!, Ana Baleizão, Communication & Influencer Marketing Manager na L’Oréal, e Filipa Primo, Diretora da ATREVIA Portugal. A apresentar os resultados do estudo e a moderar o debate que se seguiu esteve Bruno Salomão, Country Manager na Social Publi.
O Marketing com Influenciadores é utilizado pelas marcas para dar maior ênfase às suas mensagens, recorrendo a pessoas influentes nas redes sociais, que as ajudam a comunicar, chegando a um público-alvo de uma forma mais natural.
Os dados revelam que 74% dos anunciantes consultados já utilizaram o Marketing de Influência, e 89,2% das marcas e agências considera-o eficaz. Além disso, 42% dos inquiridos considera que o marketing de influência tem o melhor retorno sobre o investimento, e cerca de 5% dos anunciantes já investe mais de 50% do budget da marca em Marketing de Influência. Para 2021, espera-se um aumento dessa fatia.
As marcas procuram os Influenciadores para criar brand awareness; gerar engagement, e alcançar novos públicos, preferindo os que têm menos de 100.000 seguidores, por gerar um maior engagement.
Filipa Primo, refere: “o marketing de influência é uma ferramenta de credibilidade para a mensagem da empresa, para melhorar a reputação”.
Ana Baleizão considera que há heterogeneidade no mercado e que é interessante que existam marcas muito preocupadas em utilizar bem o Marketing de Influência e outras que não sabem bem como começar. Sendo responsável pela gestão de marketing de várias marcas da L’Óreal, olha para o segmento “as-a-business”, procurando influenciadores que lhes possam trazer algum retorno do investimento.
Os setores que mais utilizam a ferramenta são o da Moda, Beleza e Lifestyle, sendo rei o Instagram (95,8%), seguido do Facebook (49,7%) e do YouTube (37,1%). O Tik Tok surge na quarta posição (32,9%). O Estudo destaca ainda a importância de stories com swipe-Up e vídeos, já que são os formatos mais procurados pelas marcas.
A qualidade do conteúdo e a interação são o mais importante, e 72% dos inquiridos prefere que seja o influenciador a criar o conteúdo para uma maior autenticidade. Apesar disso, 77,9% prefere rever o conteúdo antes da publicação.
Filipa Primo preocupa-se que as marcas sintam tanta necessidade de rever os conteúdos antes da publicação, por ser “contranatura” em relação ao que está a ser trabalhado: a influência e a credibilização. Diz que é uma dicotomia difícil de gerir: a confiança e o controlo e que, em caso de gestões de crise e recuperação de imagem, os Influenciadores também são parceiros e aliados externos que podem ajudar as marcas.
Ana Baleizão refere, no entanto, que fica mais espantada que exista quem não queira rever o conteúdo. Embora na L’Óreal prefiram que os Influenciadores mantenham uma comunicação que lhes é natural e espontânea, não deixam de se preocupar com a “reputação da marca a manter”, verificando e sugerindo as alterações necessárias para salvaguardar a mensagem e a imagem da marca.
Pedro Bessa diz que é importante perceber se o discurso está adaptado ao briefing passado ao influenciador e que quando se lança algo com alguma especificidade há que garantir que é apresentado da melhor forma, consoante os formatos escolhidos.
A SocialPubli é uma agência de Marketing de Influência que conecta marcas com influenciadores para desenvolver ações de marketing, com mais de 230 mil influenciadores registados. Nos seus 5 anos de atividade, realizou mais de 3 000 campanhas em 8 plataformas: Instagram, Facebook, Twitter, YouTube, LinkedIN, blogs, Twitch.TV e Tik Tok.