A indústria gráfica reuniu-se no Pavilhão de Exposições da Faculdade de Belas da Universidade do Porto para a inauguração da exposição “Impressões do Quotidiano – Artefactos e processos da indústria gráfica”, na passada sexta-feira, 20 de outubro.

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A cerimónia de abertura da exposição que se insere nas comemorações dos 170 anos do movimento associativo dos industriais gráficos – e tem com o Alto Patrocínio da Presidência da República – contou com a participação do Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, do Presidente da APIGRAF, José Manuel Lopes de Castro e da Diretora da FBAUP, Lúcia Almeida Matos.

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José Manuel Lopes de Castro, Presidente da APIGRAF abriu a sessão dizendo: «Somos uma indústria de comunicação e estamos na génese de um dos mais antigos movimentos associativos do mundo, que data de 1852 com a constituição da Sociedade de Socorros dos Tipógrafos Portuenses e da Associação Tipográfica Lisbonense. Este facto dá-nos uma responsabilidade acrescida.»

IMG 3265José Manuel Lopes de Castro, Presidente da APIGRAF, e Lúcia Almeida Matos, Diretora da FBAUP

Lopes de Castro sublinhou a importância na indústria gráfica no quotidiano e no desenvolvimento da tecnologia, posicionando-a como parte fulcral do futuro: «Quando entramos na sala vemos um conjunto de produtos em branco. É a imagem que queremos que as pessoas retenham. Há uma indústria por detrás da comunicação quer seja numa embalagem de medicamento, num jornal, numa revista, numa caixa, num rótulo, num saco, nas notas… Aos mais jovens, por exemplo, recordamos muitas vezes que sem impressão não existiriam telemóveis. A indústria gráfica é a indústria das indústrias. Esperamos que gostem do que vão ver, e que se perceba o que a nossa indústria faz pela economia».

IMG 3278Rui Moreira, Presidente da Câmara do Porto, sublinhou o papel da indústria gráfica na economia

O Presidente da Câmara do Porto, por sua vez, disse: «É muito oportuno recordar a importância que esta indústria teve e tem, em especial para a nossa cidade e região.» Rui Moreira diz que há boas notícias e que, a nível mundial, há um «regresso ao papel nas suas funções tradicionais. Nas escolas da Escandinávia – países com algumas das sociedades mais avançadas -, estão a regressar os livros em papel. Dificilmente passamos uma hora acordados sem lidar com inúmeros produtos na indústria gráfica e – sem descurar a importância dos outros produtos – é no livro que encontramos a expressão máxima da tipografia, porque é assim que ela começa. Parece haver um movimento pendular no sentido de compreender que as formas educativas precisam de livros. Acredito que isso possa gerar um novo impulso para a indústria.»

IMG 3310O Curador da exposição, Pedro Amado, fez uma visita guiada

Pedro Rodrigues, Vice-Reitor para a Investigação da Universidade do Porto, diz que «é importante trazer a comunidade para dentro da Universidade e, neste caso, numa área tão importante». A exposição é uma viagem pela história, tecnologia e arte que celebra o poder da comunicação e o papel que a indústria gráfica exerce na vida quotidiana. O curador da exposição, Pedro Amado, fez uma visita guiada em nome da equipa envolvida: «houve a preocupação de que a exposição refletisse o carácter geral da indústria, mas que tivesse também um carácter pedagógico. Pretende fazer a desconstrução de alguns processos, ser acessível e interessante a vários níveis.»

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O material de apoio à exposição foi elaborado pela Sign – Wide Format Printing e o material exposto foi cedido por diversas empresas da indústria: a Altix – Etiquetas Metálicas – Vaz de Carvalho & Soares, a Ancor, a Ângelo Moreira Unipessoal, a Bial – Portela & Companhia, a Bloco Gráfico, a Bulhosas (Irmãos), a Calheiros Embalagens, a Cartonagem Trindade, a Finieco – Indústria e Comércio de Embalagens, a Fotomecânica Molográfica, a Gráfica Ideal de Águeda, a Gráfica Maiadouro, a Idepa – Indústria de Passamanarias, a Imprensa Nacional – Casa da Moeda, a Litogaia – Artes Gráficas, a M2 – Artes Gráficas, a Manuel Jacinto Ribeiro Soares, a Manufaturas Aéme, a Mofitex Etiquetas, a Naveprinter – Indústria Gráfica do Norte, a Norprint – A Casa do Livro, a Olegário – Packaging & Labels, a Onda Grafe – Artes Gráficas, a Orgal – Organização Gráfica e Publicidade de Orlando e a Saúde, Sá & C.ª.

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A exposição vai estar patente até dia 18 de novembro, de terça-feira a sábado, e pode ser visitada entre as 14h00 e as 18h00.