O acordo político alcançado a 27 de julho de 2025 entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, representa um ponto de viragem nas relações comerciais transatlânticas, ao introduzir uma nova fase de estabilidade e previsibilidade no acesso aos mercados.

Para a indústria da impressão, artes gráficas, papel, pasta e embalagem, bem como para o mercado editorial, o entendimento traz alívio em áreas que, nos últimos anos, enfrentaram tarifas adicionais, barreiras alfandegárias e incerteza regulatória.

"Hoje, com este acordo, estamos a criar mais previsibilidade para as nossas empresas. Em tempos turbulentos, isto é essencial para que possam planear e investir. Estamos a garantir um alívio pautal imediato. Isso terá um impacto claro nos resultados das nossas empresas."
Ursula Von der Leyen

A introdução de um limite máximo de 15% aplicável à maioria dos produtos exportados da UE para os EUA significa, na prática, a eliminação de sobrecustos significativos que vinham a ser impostos desde 2018.

Até agora, produtos europeus como papel, maquinaria, componentes gráficos ou mesmo suportes editoriais específicos estavam sujeitos a tarifas compostas: a tarifa MFN de base era frequentemente sobreposta por tarifas adicionais punitivas, o que penalizava diretamente a competitividade da indústria europeia.

Com a aplicação do novo teto tarifário e a isenção imediata para setores-chave como o automóvel, os produtos farmacêuticos ou os semicondutores, algumas empresas passarão a operar num ambiente fiscal mais previsível.

O quadro reforça a confiança das gráficas e transformadoras que mantêm cadeias de produção integradas com os EUA, incluindo PME que exportam produtos de valor acrescentado como livros, revistas, catálogos e outros produtos. Para a indústria da impressão e da comunicação gráfica, o acordo representa um desagravamento imediato de custos e alguma previsibilidade, redução de riscos comerciais e promoção do investimento mútuo.