A Apigraf – Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e Transformadoras do Papel revelou os resultados do último inquérito mensal que realizou junto das empresas do setor.

Os resultados mostram que, apesar das quebras registadas, há alguma esperança no retorno a melhores dias, havendo até quem pense em continuar a investir.

A Associação revelou dados relacionados com Dezembro do ano passado e fez, inclusive, uma comparação com os dados obtidos no mês de setembro, de forma a avaliar a evolução durante o último trimestre do ano.

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O estudo revela que, em dezembro de 2020, 66,4% dos inquiridos referiu que o último mês do ano foi pior que o mês homólogo do ano anterior, havendo 18,3% de empresas que não notaram grandes diferenças e 15,3% que registaram melhores resultados entre 2019 e 2020. Entre os que responderam ter tido um dezembro de 2020 com resultados piores, 71,3% registou quebras de mais de 50% no volume de negócios. Outros 28,7% referiram ter quebras abaixo dos 20%.

Ao comparar o volume de negócios de todo o ano de 2020 com o ano de 2019, apenas 14,2% refere ter quebras acima dos 50%. Cerca de 44,1% das empresas refere ter quebras entre 20 e 49%, e cerca de 29,1% das empresas situa as quebras na casa dos 29,1%. Em contraciclo, 7,1% dos respondentes referiu um crescimento no volume de negócios entre os 10 e os 50%.

Do universo do estudo, 45% das empresas espera que a atividade recupere para os níveis anteriores aos da pandemia da COVID-19, com 32% a acreditar que isso acontecerá no segundo trimestre de 2021 e outros 38,7% a apontar para o ano de 2022.

Os empresários mostram-se cautelosos e 43,3% refere não ter decidido acerca de novos investimentos para 2021. Os que responderam afirmativamente, 29,9%, vão apostar em equipamentos (82,5%) e instalações (17,5%).

Este inquérito foi respondido por 130 empresas, das quais 93% são associados da Apigraf e 7% não são associadas. 87% dos respondentes são da indústria gráfica e 13% são da indústria transformadora do papel. A maior parte dos respondentes (36.6%) têm entre 41 e 80 trabalhadores.

A Apigraf vai dar início a outro inquérito, agora referente ao mês de Janeiro, de forma a ir acompanhando a situação das empresas gráficas no terreno.