A Norske Skog completou a alteração da nova máquina de produção de papel para embalagem (PM1) na fábrica de Golbey, França, marcando um passo decisivo na transformação do grupo, que tem vindo a diversificar a sua produção do papel de publicação para o segmento de papel de embalagem reciclado.
A empresa espera alcançar plena capacidade de produção durante o primeiro semestre de 2027.
“A formalização da integração da PM1 em Golbey é um marco importante para a Norske Skog e o resultado de um trabalho conjunto em toda a organização. Estamos agora preparados para entregar aos clientes em escala comercial e reforçar a nossa posição no mercado europeu de papel para embalagem”, afirmou Geir Drangsland, CEO da Norske Skog. “Apesar dos efeitos temporários da fase de arranque sobre a rentabilidade, o projeto continua a evoluir de acordo com as expectativas.”
O investimento remanescente em Golbey é estimado em 15 milhões de euros, com a expectativa de receber 50 milhões de euros em subsídios e certificados energéticos entre 2025 e 2027. A produção de papel de embalagem reciclado na PM1 de Golbey deverá atingir a plena capacidade na primeira metade de 2027.
O segmento de papel de publicação, com capacidade anual de 1,3 milhões de toneladas, manteve os volumes estáveis, mas registou uma ligeira queda nos preços de venda. A diminuição dos custos de madeira e os reembolsos energéticos ajudaram a atenuar a pressão sobre as margens.
Já o segmento de papel de embalagem, com capacidade total de cerca de 0,8 milhões de toneladas, apresentou resultados mistos. A unidade de Bruck (PM3) registou um EBITDA positivo de 5 milhões de NOK, beneficiando da descida do preço do papel reciclado (OCC). Em contrapartida, a nova linha de Golbey (PM1) apresentou um EBITDA negativo de 99 milhões de NOK, refletindo os custos de arranque e o preço reduzido das entregas iniciais.
A empresa avalia ainda opções estratégicas para a fábrica de Saugbrugs, devendo decidir até ao final de 2025 sobre uma eventual reativação da máquina PM6. Em Skogn, estão a decorrer modificações na máquina PM1 para permitir, a partir de 2026, alternar entre a produção de papel jornal e papel para livros, reforçando a flexibilidade face às variações de mercado.
A empresa também apresentou um recurso ao Ministério do Ambiente da Noruega contra a exclusão das unidades de Skogn e Saugbrugs do Sistema Europeu de Comércio de Emissões (EU ETS), que impede o acesso a licenças gratuitas de CO₂ para fábricas com mais de 95% de emissões provenientes de biomassa sustentável.
 
                         
															 
                         
   
   
   
   
   
   
   
                         
                         
                        