A comunidade internacional de impressão, conversão e embalagem aderiu à Print4All Conference – Future Factory, que se realizou online, a 24 de junho. A assistir às diversas intervenções estiveram mais de 1200 participantes, um terço dos quais estrangeiros, além de 30 revistas internacionais acreditadas.
O evento traçou cenários tecnológicos e económicos globais, tendo em conta todos os aspetos que giram em torno da indústria da impressão com foco na indústria 4.0 e na sustentabilidade.
"É tempo de comunicar que a indústria de impressão e embalagem italiana está de novo de pé em nome da indústria 4.0, economia circular e sustentabilidade, os principais temas desta Conferência Print4All – explica Andrea Briganti, Diretor Geral da Acimga e Federazione Carta e Grafica.
“A Covid-19 deu a conhecer a todos a importância destes sectores, que continuaram a trabalhar mesmo durante o bloqueio para fornecer embalagens às cadeias de abastecimento de alimentos e de farmacêutica. A Print4All Conference marca um ponto de viragem, olhando para o futuro para uma cadeia de abastecimento cada vez mais sustentável cada vez mais integrada no paradigma 4.0.", adianta.
Enrico Barboglio, secretário-geral da ARGI, comentou que “a impressão, em todas as suas formas, é um poderoso meio de comunicar emoções” e que as gráficas, embora muito afetadas pela situação da pandemia que assolou a Europa, “tiveram uma abordagem proativa e procuraram novas formas de dar resposta às necessidades do mercado”.
A Print4All Conference, que também acolheu a Assembleia Geral da Federazione Carta e Grafica, combinou a presença física de convidados de estúdio com a presença remota de oradores internacionais.
Nigel Tapper, climatologista e membro do IPCC, Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, a organização vencedora do Prémio Nobel da Paz em 2007, não tem dúvidas de que a pandemia não vai permitir que se atinjam todos os objetivos de sustentabilidade, estabelecidos pelas Nações Unidas, em 2015. Ainda assim, afirma que surgiram outras oportunidades, nomeadamente com a tecnologia digital, “que vai passar a ser parte das soluções” para a indústria da impressão.
O jornalista italiano Matteo Bordone orientou as sessões, com tradução simultânea em inglês, em que participaram diversos convidados, incluindo Nigel Tapper, Alice Bodreau, Global Partners Manager da Fundação Ellen MacArthur, cuja missão é incentivar a transição para a economia circular, e o professor Enzo Baglieri da SDA Bocconi, coordenador do primeiro projeto da cadeia de abastecimento 4.0 da indústria em Itália, juntamente com a Federazione Carta e Grafica.
Beatrice Kloser, da Intergraf, sublinhou que os consumidores estão cada vez mais atentos aos assuntos da sustentabilidade ambiental, que “focam a qualidade e a saúde”. Renovável e reciclável, a impressão está “bem posicionada para dar resposta às tendências atuais”.
Os membros da cadeia de abastecimento com duas mesas-redondas reuniram marcas com o calibre da Uteco, HP, SIT, Sacchital, Barilla e Orogel; as associações industriais mais representativas a nível global, como a Intergraf (Europa), APTech (EUA), a Peiac (China), Ipama (Índia), e Picon (Reino Unido) ilustrando tendências e perspetivas industriais e económicas no mundo da impressão e embalagem nos seus países.
Durante o evento, Andrea Briganti, anunciou as novas datas da feira Print4All a realizar na Fiera Milano, de 3 a 6 de maio de 2022, no âmbito da The Innovation Alliance.
A Print4All Conference – Future Factory é organizada pela Acimga (Associação Italiana de Fabricantes de Máquinas para a Indústria Gráfica, Conversora e Papel) com o apoio da Argi (Associação Italiana de Fornecedores da Indústria Gráfica) e da ITA – Agência Italiana de Comércio do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional. A conferência realiza-se todos os anos e funciona como ponte para a próxima edição da feira Print4All.
A Acimga é a associação dentro da Confindustria que representa todas as tecnologias de impressão, embalagem e conversão, unindo 80 empresas para um setor industrial no valor de cerca de 3 mil milhões de volume de negócios, 60% das quais provenientes das exportações. A Itália está no top 3 dos fabricantes destas máquinas a nível global (juntamente com a Alemanha e a China) com os seus pontos fortes a serem tecnologias mecânicas, aliadas às mais recentes tecnologias eletrónicas.