A Norske Skog Skogn vai iniciar a produção de papel para fins editoriais no segundo trimestre de 2026, reforçando o seu posicionamento estratégico no mercado europeu.
O novo produto, com a marca NOR Book, será disponibilizado em qualidades padrão, com diferentes níveis de volume, brilho e tonalidade, adequados às exigências editoriais.
O investimento de cerca de 40 milhões de coroas norueguesas (aproximadamente 3,5 milhões de euros) permitirá à PM1 (máquina de papel n.º 1) alternar de forma flexível entre a produção de papel jornal e papel para livros, com uma capacidade instalada superior a 140 mil toneladas anuais.
O projeto foi desenvolvido em parceria com o grupo tecnológico internacional ANDRITZ, com foco numa solução de baixo investimento (low capex) que mantém a fiabilidade produtiva. Já foram realizadas várias tiragens de teste com resultados bastante satisfatórios, reporta a fabricante.
Desde que a unidade de Skogn passou a utilizar 100% fibra virgem em 2024, tornou-se possível produzir papéis com maior volume e elevado brilho, recorrendo à pasta termomecânica de alta qualidade produzida na própria fábrica. Esta mudança irá permitir cobrir as principais especificações de papel usado na produção de livros, mantendo níveis reduzidos de emissões de CO₂, entre os mais baixos da indústria.
“A equipa de desenvolvimento em Skogn demonstrou uma impressionante criatividade e espírito empreendedor. Este projeto diversifica o portefólio da fábrica, permite entrar num mercado com procura estável e reforça a competitividade a longo prazo. Recebemos feedback muito positivo de potenciais clientes e queremos posicionar-nos como um dos três principais fornecedores de papel para livros na Europa”, afirma Geir Drangsland, CEO da Norske Skog.
A entrada no mercado de papel para livros será feita de forma gradual a partir do segundo trimestre de 2026, sem impactar os volumes de entrega de papel jornal para os mercados europeus. No entanto, os volumes exportados para a Ásia serão reduzidos. A procura anual no mercado europeu de papel com madeira para livros tem-se mantido estável, situando-se em torno das 400 mil toneladas.