A Lecta encerrou o segundo trimestre de 2025 com uma quebra de 10,5% nas receitas, que totalizaram 303,1 milhões de euros, menos 35,7 milhões do que no mesmo período de 2024.
O recuo deveu-se sobretudo à descida das vendas de papel, tanto em volume como em preço médio, parcialmente compensada por um forte crescimento no negócio da energia.
O segmento de Coated Woodfree (CWF) registou uma descida de 18%, para 110,3 milhões de euros, com o EBITDA a cair de 22,4 milhões para 10,1 milhões de euros. A empresa atribui esta evolução à redução da procura e à pressão competitiva associada às expectativas de queda dos preços da pasta de papel.
Nas Specialties, as vendas recuaram 9%, para 145,4 milhões de euros, com o EBITDA a cair de 20 milhões para zero. A empresa explica este resultado com a quebra de volumes em quase todas as gamas, à exceção do negócio de autoadesivos, e com a dificuldade em absorver custos fixos quando os volumes são baixos.
No total, as vendas de papel caíram 12,6%, passando de 327,5 milhões de euros no segundo trimestre de 2024 para 286,3 milhões em 2025. O volume vendido reduziu-se em 23,4 mil toneladas, ou 9,9%, e o preço médio por tonelada desceu 3%.
Em contrapartida, a área de energia apresentou uma subida de 49,2%, atingindo 16,8 milhões de euros. A produção aumentou 38,3% e o preço médio de venda avançou 7,9%.
Nos custos, a empresa beneficiou de uma redução de 9% em matérias-primas e consumíveis, que caíram para 153,6 milhões de euros, devido à menor produção e ao recuo do preço da pasta em 133 euros por tonelada. Ainda assim, este peso aumentou no total das receitas, passando de 47,1% para 49,6%.
Os custos laborais baixaram ligeiramente 1,6%, para 45,7 milhões de euros, reflexo da diminuição de quatro postos de trabalho (para 2.730). No entanto, em percentagem da receita, estes custos subiram de 13,7% para 15,1%, devido à inflação e à atualização dos contratos coletivos.